segunda-feira, 8 de junho de 2009

Futuro?

Hoje volto para casa
Com o rabo entre as pernas
Coração profissionalmente abatido
Trazendo apenas respostas não compreendidas
Vejo nestas exatas quatorze horas da tarde
Um cobrador comendo um cup noodles
E uma mulher querendo ver o que eu escrevo
Viro o caderno para corredor
[Não gosto que me olhem quando penso]
Isso impossibilita esconder a escrita.

Porém,
Que diferença faz?
Agora me exponho
[claro que depois das correções].
Então que vejam,
O homem sem futuro
- tão bonito, tão inteligente... tão jovem...
Tenho pena da mãe dele – alguns diriam.
De nada adiantou,
De nada vem adiantando.
- reclamão e pessimista – outros falarão pelas minhas costas.
Infelizmente me importo com isto.
Me importo com minha imagem
[posso ter todos os defeitos do mundo, menos hipocrisia].

Como é engraçado escrever sobre mim
Ser meu próprio juiz
Fazer a própria sentença
Pois é,
Jogo nestas linhas,
Coisas que só a mim caberia refletir.
Só que não,
Vou contando.
Vou rabiscando.
Tentando fazer do que vejo,
Contos nem tão bem contados
E poesias pessimamente rimadas
Desordenadas.
Um espelho da alma.

Se o dito popular:
“como um livro aberto”
Pode me ajudar,
Já não sei.
Sei que será um grande prazer
Se um dia eu fizer parte da cabeceira de alguém,
Literalmente escrevendo.
Por hora:
Que se dane o emprego de tudo.
O cheiro do miojo do cara ta me enjoando.


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Weird - Andre Meister
mais trabalhos:
http://andremeister.blogspot.com/

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Recebi este e-mail semana passada, já havia lido na revista Piaui um ano e meio atrás. Não me lembro exatamente.
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.

REFLEXÃO SOBRE A PERCEPÇÃO DO VALOR INTRÍNSECO
Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer.
Eis que o sujeito desce na estação do metrô: vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com
entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.
Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um
Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares.

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