sábado, 29 de janeiro de 2011

O Desejos Mortos desencarnou.

Não digo que é um fim. Segundo a crença Kardessista, o desencarne significa apenas o desenlace da carne.

Nos últimos tempos, manter o D.M se tornou uma tarefa sem sentido. Parte dos desejos foram realizados, outra parte foi perdido.
Tudo é tarefa do tempo, este caminha junto com a transformação. Desde o dia 15 de dezembro assumi um papel, este papel é irremediável. Dar certo é um ponto de vista, tão relativo... Os rumos mudaram. Mesmo deixando este lado, o Desejos Mortos permanecerá no ar até o dia que a conta espirar. Ficará como uma faixa espremida por uma multidão: quase não percebida, porém, marcando presença.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Falando do Cidadão

Li o texto abaixo para os alunos do curso de alimentação do Projovem trabalhador. Um projeto que tive o prazer de participar, pelos alunos. Dedico esta postagem a eles, que me fizeram feliz no tempo que estivemos juntos.


Analisando um personagem tão constante em nosso dia a dia entendi melhor a definição da palavra cidadania. Por diversas vezes não dei atenção ao que ela realmente representava (e representa), perdi até a noção da grandiosidade de um simples ato de generosidade. Foi durante esta análise que conheci “o cidadão”, um cara simples.
Descobri que o cidadão gosta de conviver com todos os “mundos” diferentes que representa cada ser humano vivo ou morto. Ele respeita individualidades e luta por igualdades. Conversando de forma franca ele deixou escapar entre palavras que somente através da educação poderemos nos considerar representantes dignos de uma sociedade não somente humana. Algo interessante do cidadão é que ele tem respeito no coração e a vida na mão.
Quando debatíamos sobre o futuro ele me perguntou – será que podemos mudar o mundo?
Na própria resposta ele disse que seria sincero e não saberia responder com precisão. Então definiu ali mesmo que buscaria pelo aprimoramento pessoal para encontrar a resposta – E tem mais! – disse o cidadão - É a partir deste aprimoramento pessoal que pensaremos diferente e reagiremos à inércia social de tempos tão violentos e sem amor.
O cidadão foi gentil e pacífico durante todo tempo que me dispôs para analisá-lo. Ele afirmava constantemente que a violência gera violência. Porém, não “fugiria à luta” se alguém o agredisse com injustiças e egoísmos. O cidadão acredita que a razão deve prevalecer em todas as circunstâncias.
Durante esta breve convivência tive a impressão que conhecia o cidadão a longas datas, talvez tenha sido por sua solicitude. Nem é preciso comentar sobre a honestidade que transbordava naqueles olhos.
Eu estava com pressa e precisava partir. No instante que me despedia, ele revelou que era onipresente e estaria em qualquer lugar que pudessem reconhecê-lo. Portanto estaria ao lado de quem solicitasse sua presença.
Grande cara este cidadão!

Assisti a dois bons shows deles. Um na Aldeia da Serra e outro no dia da consciência negra.

sábado, 7 de agosto de 2010

E o fim do mundo?

Nostradamus


O mundo não acabou.

Talvez o seu sim,

Mas o meu está bem aqui.

Diante de mim.

Morrerei,

não verei.

Não verei o seu tão previsto fim.

------------------------------------------------------------------------------


Demorei para comentar, culpo a correria e a busca por objetivos. Um CONTO que escrevi foi  publicado na revista eletrônica Zunái.  Visitem, é um excelênte veículo online, tanto pelo layout quanto pelo conteúdo. Me sinto honrado por ter feito parte. Agradeço ao Marcelino Freire pela seleção.


Relembrando...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

conexão sexta-feira

Um bom dia para sair "devaneando" por aí. 

Genial

domingo, 16 de maio de 2010

Mineiro

Tudo que é feito na correria tem suas consequências.


Foi tudo muito rápido. De último instante resolvi que deveria ir até a bienal do livro de BH. Pois bem, trabalhei igual a um burro velho para que este objetivo fosse cumprido, e foi. Mas o único contratempo é que eu não estou em BH. Vim parar em Ouro Preto.

Não sei de quem foi o erro e nem tento me preocupar com isto agora sentado na cama do Hotel Boroni. O mais relevante é que a agente de viagens que eu contratei disse que Ouro Preto ficava a dez quilômetros de BH. Eu ignorante de mapas e geografia confiei que era verídica a informação. Pois não era. A distância entre uma cidade e a outra é de noventa e seis quilômetros. Segundo a Mariana, uma historiadora que conheci agora pouco no Bar e Pizzaria Satélite.

Já que havia acontecido este contratempo, resolvi não me indignar com a situação, simplesmente absorvi. Acabei de ler o e-mail da Gabriela, minha agente, dizendo que eu deveria ir ao Caesar não sei o que, e que realmente Ouro Preto ficava longe. Foi tarde, eu estava sentado na suíte do Boroni quando li.

Foi complicado chegar até aqui e não é agora que irei desistir. Vou com certeza à bienal, para isto vim até Minas. Às vezes me pergunto: será que valerá a pena? Esta pergunta é rapidamente suprimida por um palavrão, o Fo...

Foram duas semanas de preparação. Quando embarquei no Embraer da Azul, vi que realmente eu havia alcançado meu objetivo.

É ruim imaginar que estou com pouca grana e que parte desta pouca grana vou pagar R$21,00 para ir e R$21,00 para voltar ao pedaço que tem mais igrejas barrocas por metro quadrado que já vi em minha vida. Nem sei se existe algum lugar no mundo que tenha mais Igrejas do que nesta estrada real. Temos que levar em conta que apenas estou vendo uma das cidades históricas, e que cidade formidável.

Aqui eles também aderiram a lei anti-fumo. O engraçado é que criei o hábito de sair dos ambientes fechados para fumar meu veneno, meio que me condicionei a isto. Foi em um destes cigarros que conheci a Mariana e seus amigos acadêmicos, três cursam artes cênicas e um cursava música pela universidade federal daqui. Logo após ter trocado meia dúzia de frases com minha anfitriã momentânea eles me disseram que têm um projeto apoiado pela Vale.

Algo que é visível em Minas Gerais é o domínio da Vale do Rio Doce. Horas antes de sonhar em conhecer a trupe teatral, conheci um homem no trajeto da linha verde, construída por Aécio Neves. Ele trabalhava na Vale, um engenheiro mecânico (me desculpe meu amigo de viagem, esqueci seu nome, sei que é chato, mas peço que entenda meu lado). Passamos o trajeto do aeroporto de Confins até o aeroporto de Pampulhas discutindo sobre a vida e seus caminhos tortos. Na concepção dele (não tiro e nem coloco razões) a gestão de Aécio Neves foi a melhor que o seu estado (minas) teve na história. Vi o novo palácio do governo que ele me apresentou. Uma construção suntuosa. Passamos pela lagoa de pampulhas, segundo ele “um marco histórico da cidade”. Realmente é um lugar lindo. Nesta uma hora (o trajeto até onde ele desembarcou) tomei ciência de que aquele homem que sentou ao meu lado estudou dois anos na faculdade que eu me formei, o IMES em São Caetano do Sul, baita coincidência e, muito além disto ele havia namorado uma garota no Jardim Iguatemi (bairro vizinho ao meu). Pois bem... Horas depois conheci no satélite (a lanchonete) o grupo que me acompanhou durante duas rodadas de Brahma. Dois deles eram de São Paulo, uma (cuja qual sonharei esta noite) era do Butantã e o outro da Saúde – Jabaquara.

Tinha tudo para dar errado e no final cá estou eu escrevendo sobre esta viagem que nunca esquecerei. Aconteceu de tudo: a janela do meu quarto caiu com todo o peso da madeira em cima do meu dedo anelar; trabalhei até as três do mesmo dia que embarquei as nove; o hotel que era para eu estar não era este; estava bebendo sozinho na lanchonete e pizzaria Satélite, etc. e tal. No final, que ainda não houve, estou aqui há noventa e seis quilômetros de distância do meu destino com cem reais no bolso. Sinceramente nem ligo. Consegui o que procurava.

Tirei algumas fotos, amanhã acordo cedo para tirar mais.

Tão irônico quanto qualquer outra coisa é que estou de frente para a rodoviária local. Detalhe: tem dois quiosques, um de from para o outro e eles escutam as mesmas músicas que o boteco ao lado da minha casa coloca no último volume e me incomoda tanto.

Só sei que amanhã vou para BH e somente amanhã saberei como será o amanhã.

(sem correções, sem edição)


The Jam!!!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Proibições

A placa do lago dizia em letras garrafais:
- PROIBIDO NADAR E PESCAR.

Mas aqueles dois insistiam na maior cara de pau.

Não se contentavam em infringir as regras

E ainda usavam a placa como trampolim .

E ali ficavam assim:

- um ia e tchbum.

- depois o outro e também tchbum.

Saiam da água e voltavam rapidamente para cima da placa.

As vezes os dois pulavam juntos apostando corrida.

Só encostavam na água e voltavam correndo.

A placa parecia proporcionar uma aventura maior.

Tinha um barranco, mas nem ligaram.

- Voaram quando uma mulher chegou e começou a dar pão pros patos.

A vida é assim:

- Pássaros voam. As vezes nadam.

- Patos nadam e as vezes voam.

Os últimos citados infringiam a outra regra da placa: pescar.

--------------------------------------------------------------------------------

Estou com alguns textos publicados aqui. Depois falo melhor sobre o site. Agora preciso correr.

Iggy. pra relembrar.

sexta-feira, 19 de março de 2010

sem título

A única coisa que  aquele homem conquistara na vida foi uma coleção de embalagens de isqueiros. .
Guardava tudo em uma caixa.
para sua infelicidade até a caixa estourou pela combustão dos gases.


E?


Sei lá, só sei que o cara é azarado.

----------------------------------------------------------------------------------------------

mais uma de dylan que me surpreende a cada música.
a versão com o melhor áudio que achei foi esta (que nem é boa).