Porque será que é tão difícil abraçar uma causa?
Porque é impossível imaginar ser céptico?
Como é difícil imaginar ser estadista!
Como é difícil imaginar existir tanta paronomásia.
E ainda -
sim tentamos -
Acreditar que o “mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes”
Tentei até mesmo acreditar que legião urbana era perfeita.
Sem ironias
realmente tentei até achar que era bom.
- Um monte de gente achou,
Porque eu também não poderia?,
Então fui, escutei...
Gostei,
Comprei até disco
Conheci melhor
E desisti.
Um fato
para exemplificar
o tanto, de tantos porquês:
Acontece com muitos,
Falarei de um exemplo meu:
Tenho um cliente...
Como o cara é maçante
(nas mínimas coisas vamos perdendo a paciência depois de um tempo)!
- a história é a seguinte:
Sempre que coloquei uma idéia interessante em pauta
Numa reunião qualquer que fosse,
Ele tentava colocar outra idéia mais interessante,
As vezes era mentira,
E só pra se sobrepor
Ele falava algo “mais ainda”.
Eu ficava sem palavras
Pra explicar o “porque” da minha idéia.
Pra encerrar a conversa o mais rápido possível,
O felicitava por chegar à conclusão que procurávamos
(genial ele se achava)
Tudo pra agradar o cara,
- Como uma prostituta
ralés
(E ainda tem gente que fala mal das trabalhadoras,
Eu apoio e patrocino
só pra tentar entender a mecânica da coisa)
,chega a ser cômico,
se retratado em telas de cinema.
“só rindo pra não chorar”
diz o ditado e título do filme.
Quando ele queria iniciar uma observação
Começava com a frase que deveria terminar a tal observação
Mas dela é que ele começava:
“Enfim Marcelo”
– a alma até doía.
Já a frase que ele deveria (hipoteticamente) começar
Tornava-se o oposto,
sem mais terminava a oração:
“veja bem Marcelo” -
Na realidade eu só queria falar algo pra melhorar,
E ele nem me ouvia.
Conclusão da história:
Porque eu tenho que acreditar
Que este cara
Só queria me comprar?
Entendeu a sacada?
Ele tava me acoiçando
Para me vencer o tempo inteiro!
E eu ficava me rebaixando
o tempo inteiro!
Nesta derrota social
Que é a vida social
- Concluo da seguinte forma:
este caso serve para outros acontecimentos
que nem percebemos,
e vai surrupiando nossa moral aos poucos.
Não sou revoltado
Não quero revoltas (já dito antes em outros escritos)
Tento acreditar no anarquismo às vezes
Mas também vejo nele
Um ciclo vicioso.
Este ciclo,
Não é só para nós os sonhadores,
Isso é pra alcatéia também,
Mas pelo menos “eles”
Não deixaram a “consciência social”
Tomar conta.
Suas sociedades são naturais
Não sintetizadas por cimento
O que antes era argila.
E forjando a ferro
O que no começo era madeira.
Sabemos todos os nossos defeitos
diante dos conhecimentos que temos sobre certo e errado.
Só alguns tentam enxergar
Vejo que na maior parte do tempo
Só a sociedade é que muda
O tempo inteiro
Mesmo lendo Durkhein
E se achando entendedor de Nietzsche
Ainda ouço a maior a parte das vezes
O mesmo discurso dos Kennedy’s
(odeio apostrofe “s”)
E a mesma voz
Numa bandeira de sangue
Quando ouço isso,
desisto de tentar entender algo.
E vejo (sim vejo) que até a música que escuto
Em partes vem da mesma voz.
Partindo deste porém
Perco completamente o raciocínio
E entro em contradição.
meus caros, como podemos requerer
se nós mesmos
de certa forma
acabamos nos rendendo sempre? .
Se com algo que falou pouco e próximo
Já se torna impossível mudar,
Imaginem com o que falou muito.
[É estranho ficar assim,
invade o ser
E o torna inabalável pras coisas externas]
Com os mesmos discursos
Ainda continuamos a fazer as mesmas coisas
E dificilmente mudar de idéia.
A plantação de milho não vira soja.
Lidamos com homens
Os homens possuem suas opiniões
Assim como coloco a minha,
outras tantas sairão discordando,
numa infinita discórdia.
Deve ser por isto que acreditamos em Deus.
pra suprir as necessidades que nós, homens
Não conseguimos cumprir.
No fim de tudo
Somos persistentes
No fim de tudo
Perceberemos que a sociedade perfeita é uma quimera
No modelo ideal viraremos máquinas sem sentimentos
Basta olhar em volta
E notar alguns robos que já se movimentam.
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Ouvi por acaso, e busquei mais informações e mais músicas. Esta banda australiana toca uma psicodelia nervosa.
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Sábado eu fui num lugar show. mesmo para quem não gosta de samba (sim! eu gosto de samba! e daí?) se surpreende com a animação.
O bar se chama Você Vai se Quiser. Apesar do nome não ser dos mais animadores (é uma música do Noel Rosa), tem cerva boa, samba da Vila Maria e feijoada. É na praça Roosevelt, do lado contrário aos teatros. Começa às 13h (para quem quiser comer) e vai até às 21h. O endereço é rua JoãoGuimarães Rosa, 241.
**esta última parte copiei do e-mail que o Vitor - frequentador fanático.
Lançamento do Site "Dona Augusta"
FESTA DO VINIL - 30/05 | 23h
estarei lá com toda certeza. se tiver afim, me liga, me mande um telegrama, ou um comentário mesmo.
mas se preferir aparecer sem avisos. como desejar, contanto que vá.
3 comentários:
Você está escrevendo muito, mesmo!!! :D
o que é isso na augusta?
só vi hoje... uma loja?
perdi a festa do vinil, como foi??
voltarei a postar!
sdd!
beijos
opa!
Quase uma fenix kkkk.
ressurgiu!
então foi a festa do lançamento do site dona augusta. era uma loja. bem bacana. não fiquei muito, acho que nem dentro da minha cabeça neste dia eu tava muito tbem. rs.
volta a postar sim pow.
bom te ver por aqui de novo.
beijo.
Olá Marcelo, conhecí seu blog e achei os textos geniais. O que mais me chamou a atenção foi a forma de como relatou sobre seu último trabalho. Isso me deixa muito tranquilo, pois tive a certeza de ter tomado a melhor decisão. Sucesso à voce.
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